O NOVO MILÊNIO É PURO DIVAGAR - V

V

O sono veio, mas por uma razão inusitada ele me intranquilizava...
Tentei contar carneirinhos, mas comigo isto nunca funcionou!...
Terá havido um pobre mortal terrestre para quem tal truque tenha revitalizado a flora sonovital?
Não conheço nenhum caso, só Charles Chaplin deitou e dormiu no seu sono eterno de grande gênio universal...
Sonhei com ele...
Acordado.
Já quis ser como ele...
Aliás, ainda quero...
Carlitos, o genial vagabundo... Queria ser aquele vagabundo, tão jovial, tão verdadeiro e humano, a generosidade na pele de um cordeiro de cinema, num tempo que a "modernidade" antiga já era denunciada como coisa de loucos.
Porque viemos parar nisto que somos hoje?
Porque tantos sofrem, enquanto muito poucos gozam?
Porque esses vampirismo insano?
Porque temos que ser assim...?
No entanto nada acontece que não tenha uma causa, um motivo...
Ainda bem que existe Chaplin!
Que Deus abençoe esses enviados sensacionais!...
Que Deus abençoe a todos nós, cegos, dorminhocos, renitentes e despertos.
Por uma razão de fé, uma coisa que só acontece com pouco mais de milanos, isso, claro, tendo-se em conta que todo ser vivente não adquire esta, por assim dizer, "experiência", somente devorando livros...
Nem pensar!
É coisa relativa à essência unificadora da verdade, sendo que essa "verdade", na realidade, não passa de emanações do Infinito...
Ou outro nome qualquer que se queira dar.
Não se pode ignorar o poder enaltecedor da "Presença". E o que é essa "Presença", entretanto? Mais fácil denominá-la "Ausência". Às vezes as coisas podem ter esta característica paradoxal, mas isto não passa da nossa falta de domínio.
É simples assim...
Nós não dominamos todas as fases. Não há como! Não nesta vida. Parece assim como... Vários discos tocando ao mesmo tempo músicas distintas.
Não é tão simples como se imagina.
Este não é o caminho...
Quer dizer, não tanto, se não for o único, embora a atmosfera seja celebrada como a de maior aderência intravenosa que se tem notícia, por mais atônitos que fiquemos após demorada exposição ao campo, não somente quando alocuções possam ser demonstradas ad infinutum, mas também depois de certas vantagens cartaginesas de demorada volição, ainda que só se diga o mínimo...
É o mesmo.
Não é a totalidade...
Mas é o mesmo corpo.
Sempre que se queira especular ele está lá...
Fazendo e perfazendo em cada página, cada passo da memória que engloba tudo...
Até o fim dos tempos...
Embora o Tempo não exista, portanto não pode ter um fim...
Nossa consciência, sim... É finita em certos quadrantes, mas na maior parte do "tempo" é abrangente, e, assim, perene...

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