"Vais-me analisar...?"
"Creio que não..."
"Porquê?"
"Primeira coisa: este 'porque' não pode ser junto..."
"Porquê?"
"A regra é clara..."
"Não é não. Em Portugal é assim. A nossa língua é derivada, em sua maior parte, da lusitana, portanto..."
"Mas nós estamos no Brasil..."
"Mas a língua é portuguesa. O nome já diz..."
"Mas isto acontece também entre o inglês norteamericano e o britânico. A língua assume características próprias da região onde é adotada. O mesmo acontece com o frances, espanhol..."
"O russo..."
"O russo?!"
"Certamente! o russo falado na Rússia não deve ser o mesmo do que o falado na Ucrânia..."
"Aí você está exagerando!"
"Deixe estar..."
"Não pode!"
"É um alarido à toa, uai..."
"E o que é o Brasil?"
"O mesmo que os Estados Unidos, Japão ou Uganda. Não quer dizer nada! E o que é o universo?"
"Bom, aí você está polemizando..."
"Polenizando..."
"Como?"
"De flor em flor..."
"Você é muito esquisito..."
"Em espanhol significa saboroso."
"E agora? O que você quer dizer desta vez?"
"Nada. Só pra você ver como as coisas são relativas..."
"Nisto nós concordamos."
"Até que enfim! Então já temos um ponto pra começarmos... Vamos irmanarmos-nos antes que seja tarde..."
"Nunca será tarde para nós nos entendermos, irmão."
"Agora, sim. Vejo uma luz em meio às trevas..."
"Quanto é preciso chorar para compreendermos?"
"Por mim é tão pouco..."
"Então vamos desconstruir todas essas parabólicas que estão por aí..."
"O problema não é as parabólicas. O problema é o que é transmitido por elas..."
"Então vamos erguer um Império de Luz e Sabedoria..."
"Vamos precisar mudar a política das parabólicas... São elas que tornam os nossos homens tortos."
"O Grande Irmão não vai gostar nada disso. E você sabe, quando ele se acha ameaçado ele apela pra tudo quanto é fantasma que exista! Confunde até Napoleão com D. João."
"Não adianta, irmão. A História irá passar por cima do Grande Irmão e de seu pastores eletrônicos. Eu vejo isto por cima do grande muro da ignorância generalizada e da alienação científica. As potencialidades da Internet ainda não foram sequer arranhadas. As possibilidades são quase infinitas! O Grande Irmão não tem a menor chance de sobreviver a ela."
"Talvez seja isto mesmo. Esperemos que sim..."
"Estou te dizendo, rapaz! Agora eu sei que realmente sou um iluminado... Obrigado, meu Pai! Seu Verbo irá agir através de minha pena, fluindo e devastando a hipocrisia desta sociedade falida, prestes a desmoronar! E não vai ter Grande Irmão que detenha a minha marcha... Eu vou marcar história! Com ou sem as armas do Grande Irmão! Eu desafio seu poder eletrônico! A inteligência universal é infinitas vezes mais poderosa do que a iniquidade global! Tudo que estiver descompassado terá de entrar em harmonia..."
"Você fala de uma maneira..."
"É inexorável!... Adoro esta palavra e o que ela significa."
"Invejo você..."
"Não diga isso! Você pode seguir as minhas pegadas... Está nas suas mãos!"
"Não sei... Fico meio desanimado às vezes..."
"Vamos! Deixe disso! É o poder do Grande Irmão! Ele quer dar a entender que este mundo não presta, que não vale a pena brigar por ele, que tudo está escrito e fim de papo... É uma grande mentira! Não se deixe abater por notícias de vizinhos mal-informados..."
"Parece um pouco pesado..."
"Aí que você se engana! É leve como uma pluma..."
"Ou como uma pena..."
"E fere mais que mil canhões!..."
"Está bem... Devo tentar, pelo menos..."
"Vamos encerrar este papo..."
"É... É grande demais! E tudo que é demais cansa a gente..."
"Creio que não..."
"Porquê?"
"Primeira coisa: este 'porque' não pode ser junto..."
"Porquê?"
"A regra é clara..."
"Não é não. Em Portugal é assim. A nossa língua é derivada, em sua maior parte, da lusitana, portanto..."
"Mas nós estamos no Brasil..."
"Mas a língua é portuguesa. O nome já diz..."
"Mas isto acontece também entre o inglês norteamericano e o britânico. A língua assume características próprias da região onde é adotada. O mesmo acontece com o frances, espanhol..."
"O russo..."
"O russo?!"
"Certamente! o russo falado na Rússia não deve ser o mesmo do que o falado na Ucrânia..."
"Aí você está exagerando!"
"Deixe estar..."
"Não pode!"
"É um alarido à toa, uai..."
"E o que é o Brasil?"
"O mesmo que os Estados Unidos, Japão ou Uganda. Não quer dizer nada! E o que é o universo?"
"Bom, aí você está polemizando..."
"Polenizando..."
"Como?"
"De flor em flor..."
"Você é muito esquisito..."
"Em espanhol significa saboroso."
"E agora? O que você quer dizer desta vez?"
"Nada. Só pra você ver como as coisas são relativas..."
"Nisto nós concordamos."
"Até que enfim! Então já temos um ponto pra começarmos... Vamos irmanarmos-nos antes que seja tarde..."
"Nunca será tarde para nós nos entendermos, irmão."
"Agora, sim. Vejo uma luz em meio às trevas..."
"Quanto é preciso chorar para compreendermos?"
"Por mim é tão pouco..."
"Então vamos desconstruir todas essas parabólicas que estão por aí..."
"O problema não é as parabólicas. O problema é o que é transmitido por elas..."
"Então vamos erguer um Império de Luz e Sabedoria..."
"Vamos precisar mudar a política das parabólicas... São elas que tornam os nossos homens tortos."
"O Grande Irmão não vai gostar nada disso. E você sabe, quando ele se acha ameaçado ele apela pra tudo quanto é fantasma que exista! Confunde até Napoleão com D. João."
"Não adianta, irmão. A História irá passar por cima do Grande Irmão e de seu pastores eletrônicos. Eu vejo isto por cima do grande muro da ignorância generalizada e da alienação científica. As potencialidades da Internet ainda não foram sequer arranhadas. As possibilidades são quase infinitas! O Grande Irmão não tem a menor chance de sobreviver a ela."
"Talvez seja isto mesmo. Esperemos que sim..."
"Estou te dizendo, rapaz! Agora eu sei que realmente sou um iluminado... Obrigado, meu Pai! Seu Verbo irá agir através de minha pena, fluindo e devastando a hipocrisia desta sociedade falida, prestes a desmoronar! E não vai ter Grande Irmão que detenha a minha marcha... Eu vou marcar história! Com ou sem as armas do Grande Irmão! Eu desafio seu poder eletrônico! A inteligência universal é infinitas vezes mais poderosa do que a iniquidade global! Tudo que estiver descompassado terá de entrar em harmonia..."
"Você fala de uma maneira..."
"É inexorável!... Adoro esta palavra e o que ela significa."
"Invejo você..."
"Não diga isso! Você pode seguir as minhas pegadas... Está nas suas mãos!"
"Não sei... Fico meio desanimado às vezes..."
"Vamos! Deixe disso! É o poder do Grande Irmão! Ele quer dar a entender que este mundo não presta, que não vale a pena brigar por ele, que tudo está escrito e fim de papo... É uma grande mentira! Não se deixe abater por notícias de vizinhos mal-informados..."
"Parece um pouco pesado..."
"Aí que você se engana! É leve como uma pluma..."
"Ou como uma pena..."
"E fere mais que mil canhões!..."
"Está bem... Devo tentar, pelo menos..."
"Vamos encerrar este papo..."
"É... É grande demais! E tudo que é demais cansa a gente..."
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