A ENXURRADA - SEGUNDO DIA...


Na cozinha, na copa, Ipanema e Leblon, pequeninos insetos comunitários recolhiam restos de alimentos para seu estoque regulador, como um termômetro do que está por vir em nível de rigores de temperatura e umidade, mas sem a precisão de um termostato de fato, alinhado com a característica peculiar de atirar bolhas ao ar com filantropos de borco, com a regularidade de um relógio suíço, que desconhece o caminho mais curto entre dois pontos, mesmo que paralelos num universo onipresente.

         Alberta, a torneira, a água precipitara-se e os seres, desesperados, corriam em todas as direções com o pânico da enxurrada, que os arrastava de inopino esgoto abaixo... No entanto, a água, dissimulada, insinuava-se por todos os cantos deste quadrante quadrado aspargo... Abre aspas.
        

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