Bem acima de nós, bem acima daquilo pelo qual podíamos considerar, uma
imagem falava por trezentos e tantos mil fotogramas quânticos...
Medida esta que não nos pertencia...
Capacidade acima daquela cuja qual
nenhum de nós pode traduzir impunemente...
Mas o que quer dizer isto...?
Todos enfileirados, ou não, extáticos,
estáticos, armaduras arriadas, olhos fitos, esbugalhados, apontando para o céu
anil, mas o arco-íris ausente...
Ainda assim, todavia, uma multidão
de bilhões de seres humanos contemplava...
Aquilo que todos sempre souberam mas
nunca tiveram tempo de refletir, por pensar em tantas viradas de anos frívolas,
na incongruência omnipresente, sempiternamente achatados, divinamente robotizados...
Como tantos descreveram e ainda
assim a língua se recusa a traduzir...
A coisa nua e crua:
Uma frota espacial gigantesca, serenamente, deslizando
pelo espaço livre de amarras, aproximava-se da Terra, que, extasiada, não
importa qual latitude ou longitude, expressos na capa que cobre o manto, esperava
a chegada de visitantes indesejados...
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