GIZÉ



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"Aqueles monumentos milenares impunham respeito a qualquer um que os contemplasse ao vivo, fosse qual fosse sua formação cultural ou orientação religiosa... Se a tivesse, o que não era bem o caso de Ken Percy. Ken acreditava na ciência cibernética. Nosso futuro, pensava o robólogo, estava nas mãos de máquinas pensantes. Uma vez revelado o segredo da inteligência artificial, assim que nós desenvolvêssemos a tecnologia ao ponto da fabricação em série, essas máquinas inteligentes forçariam a civilização deste planeta a dar um salto quântico!


Ainda assim, Ken amava aquelas pirâmides, embora não compreendesse bem o motivo. Simplesmente passara a amá-las a partir do momento que as vira pela primeira vez ao vivo...


Aquilo era uma obra de arte que duraria enquanto durasse o planeta, uma vez que eternidade também é um conceito relativo.Quem quer que as tivesse construído, certamente as fizera para dar testemunho de sua grandeza civilizatória, e muito poucos haviam se apercebido disto!...


Ken Percy havia lido uma meia dúzia de livros sobre as pirâmides antes de embarcar para esta expedição. Nunca estudara nada sobre o assunto antes, Egito ou qualquer outro tema semelhante, mas num destes livros o autor enfatizava que Quéops, principalmente, devia ser um marco cósmico, porque a verdadeira época de sua construção estava escrita nas estrelas... Ou melhor, em sua conjunção com os marcos astronômicos da época. Era só conferir com as medidas matemáticas da própria pirâmide para se chegar a esta conclusão, e justamente esta era a teoria que os estudiosos ortodoxos não admitiam em hipótese alguma...
Ken Percy não entendia nada de pirâmides, nem de Egito ou história, mas uma coisa ele conhecia muito bem: matemática e física, e era absolutamente impossível que uma multidão de escravos tivessem construído as pirâmides utilizando-se de cinzéis e martelos primitivos, arrastando centenas de toneladas de blocos inteiros através das dunas, visto que a região de onde as pedras eram retiradas era distante. As máquinas responsáveis por cortar pedras com centenas de toneladas, e com uma precisão que nós hoje ainda não temos, eram tão mais aperfeiçoadas do que aquilo que nós conhecemos, que este fato, por si só, já servia para garantir-nos que todas as teorias “oficiais” não faziam sentido algum, e Ken não entendia porque os estudiosos especialistas teimavam em sustentar estas teorias ridículas! Por isso havia tantas teorias da conspiração em voga, porque certamente algumas coisas não batiam com a realidade em termos da tão propalada e defendida lógica científica...
Que lógica poderia haver no fato de que quanto mais se recuava no tempo, mais avançada era a civilização egípcia, e quanto mais próxima dos tempos históricos, mais retrógrada? A única “lógica” possível neste caso é uma só: todo o conhecimento que os egípcios possuíam fora-lhes legado, por alguém ou alguma raça muito mais evoluída que a deles, e quiçá que a nossa! Com o passar do tempo, e o desaparecimento desses mestres-sacerdotes, “gigantes míticos”, aquele conhecimento herdado foi-se apagando, como a chama de uma vela, até o momento em que as gerações mais novas não o puderam reconstituir..." - Ken Percy, robólogo chefe da equipe de Cambridge, uma das universidades responsáveis pelas escavações em Gizé.

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