À
calma inicial segue-se um momento de frenesi, depois acordes harmônicos e volta
a reinar certa monotonia... Quietude... Harmonia... Frenesi, agitação...
Harmonia... O batimento cardíaco altera-se... Ligeira temperança...
Austeridade... Incerteza... Dúvida... O que fazer, meu Deus?! O beco sem
saída... Será que dá? Acho que não... Não posso... É terrível... Enfim um
segundo de paz, mas a vida urge. Ele não podia imaginar tamanha competição
hodierna... Recomeça o marasmo... Calma! O marasmo... Parece uma valsa...
Embora não seja... Medo! Medo! Medo! Harmonia... Regência harmônica... Uma
suavidade breve e indecisa... O que vem por aí? Intriga... Momento de decisão
brusco.
A placidez do lago... Uma fêmea desliza
pela superfície congelada... Harmonia, mais harmonia... E mais... Um pouco
marcial talvez... Tranqüilidade... Exércitos... Milhares de homens marcham para
a morte... A paz dos mortos em batalha... As almas cantam na entrada no
Paraíso... Quem será impedido? Quem voltará para esta vida mesquinha? Corpos
putrefeitos... A calma da morte... Os exércitos marcham vitoriosos... A volta
ao lar... O silêncio... Porém os abutres voltejam a carniça e à calma
seguir-se-á a tempestade... Insegurança... As bolas da árvore de natal balançam
com o vento, mas não caem... Tranqüilidade... Quietude... Mais tranqüilidade...
Novamente a placidez do lago congelado... A mulher escorrega pela superfície
como um pingüim sobre a calota polar... E, de repente, o fim.
Comentários
Postar um comentário